8-MARIA E JESUS RESSUCITADO

 


Maria sofreu a dor do Filho amado. Porém, em seu coração cheio de fé, sabia que a morte de Jesus não era o seu fim e acreditava que seu Deus teria uma resposta a tudo aquilo. E assim ocorreu... O Cristo Ressuscitado era a resposta esperada, a confirmação da certeza há muito sabida no coração daquela que nunca deixou de acreditar.
Naqueles primeiros momentos após a ressurreição de Jesus, Maria foi de fundamental importância junto aos seus apóstolos. Mãe do Mestre, por conseqüência, Mãe daqueles homens confusos pela transformação ocorrida em suas vidas, Maria foi quem primeiro conduziu o grupo, fazendo-os compreender a mensagem daqueles dias. Não é por acaso que estará com eles quando da vinda do Espírito Santo em Pentecostes.
Santo Inácio de Loyola coloca em seus exercícios Espirituais a proposta de contemplação do que teria sido uma primeira aparição de Jesus ressuscitado. Para o santo, seria perfeitamente factível, mas, seria próprio da inteligência humana supor que a primeira aparição do Filho seria justamente à suas minúcias, ouvindo as palavras trocadas, sentindo a alegria da mãe qual não queria ter de volta vivo e glorioso um filho que morrera tão brutal e inesperadamente? Maria pode aqui responder a muitas mulheres que sofrem a mesma dor de trazer a cada uma o consolo de que seus filhos já vivem-gloriosos-junto a Deus Pai.
O impacto da ressurreição de Jesus na vida de Sua mãe produzirá, contudo, um efeito cicatrizante naquele coração ferido pela maldade humana. Maria será, então, capaz de testemunhar vivamente a experiência daquele que viveu a vitória sobre a morte e, assim, torna-se Mãe da humanidade, sendo desta o ponto de apoio para o consolo e entendimento dos acontecimentos não entendidos por todas as gerações futuras. E nos quer também testemunhas das maravilhas que seu Filho pode operar por nós em nós.
Maria compreendeu o mistério que cercou a ressurreição de Jesus e nos ensina também compreende-lo, mostrando a atualidade daquele acontecimento perdido em um túmulo de Jerusalém e que continua hoje a acontecer, silenciosa e gloriosamente, em cada vida que renasce, não da morte física, mas da morte do pecado

 

 

 

-FIM-

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