“Muitas vezes, o maior obstáculo à felicidade é a nossa preguiça, a recusa de exercer plenamente a nossa liberdade. Aguardamos o sinal definitivo, mas nem isso nos convenceria” (Lucas 11,29-32)
A geração que busca um sinal não é simplesmente a geração contemporânea de Jesus, mas também a nossa, na medida em que continuamos adiando as grandes mudanças à espera do “sinal” certo.
Isto é sobretudo verdade na vida pessoal de cada um de nós. Quase nunca estamos dispostos a mudar de rumo, mesmo quando vemos claramente que somos infelizes e que vivemos uma vida que toca o limiar da mediocridade.
Preferimos nossa preguiça, nosso hábito e adiamos o início de nossas mudanças para uma “próxima segunda-feira”, como todas as dietas que jamais faremos.
Paralisados
Bastaria simplesmente voltar a abrir os olhos, usar um mínimo de bom senso e ter a humildade de nos deixar ajudar onde percebemos que nossa liberdade ficou um tanto paralisada.
Muitas vezes, começar a ter uma vida espiritual novamente coincide com começar a usar nossa liberdade, lutando contra nossa preguiça. É uma terrível omissão com a qual tantas vezes nos enganamos.
Não fazemos o que poderíamos fazer. Renunciamos ao possível e pedimos a Deus que faça o impossível. Mas um Deus invocado a fazer o impossível enquanto nós não fazemos o que é possível seria um Deus misturado com a magia, com a fantasia, com a tragédia que virá sobre nós quando percebermos que certas omissões nunca vêm sem consequências.