7-MEDITANDO SOBRE MARIA

 


Mãe de Jesus e Mãe da Igreja, Maria: Com especial confiança nos dirigimos a ti.
Que estranha relação, profunda e misteriosa, tens com estes teus filhos.
Aclamamos-te Virgem e Mãe e enche-nos de gozo a intima presença do teu amor que nos faz renascer e viver como filhos de Quem te escolheu para ser Mãe do Verbo feito homem.
Tua vida escondida, sempre simples e disponível, transbordando ternura e compaixão, cheia de graça, evoca-nos o Mistério e, ao mesmo tempo, estimula-nos à aceitação e ao desprendimento, à contemplação e ao serviço, a estar junto da cruz e a crescer em esperança.
Tua pobreza, tua gratidão, tua fidelidade são outras tantas urgências em nossos corações, frequentemente expostos a pactuar com a comodidade, o egoísmo e a rotina.
Por tua fecunda virgindade, somos irmãos, e a tua maternidade faz-nos apóstolos de Cristo.
Assim, a nossa vida procura espelhar os efeitos da tua ação entre os homens.
Porque recordamos como chegou até ti a plenitude da vida e como a comunicaste sem demora ao mundo, queremos ser agradecidos e obedientes; queremos acolher a meditar a Palavra até dar-lhe corpo de expressão e compromisso.
Porque tiveste compaixão e antecipaste a hora de teu Filho, anelamos ser solidários, como tu, com os pobres, os que sofrem e os humildes.
Porque soubeste o que é solidão e amargura e nunca duvidaste diante do aparentemente absurdo, queremos manter-nos vigilantes para que não falte companhia a nenhum crucificado; queremos ser compasso de espera para todos os que demoram a sair do sepulcro de si mesmos.
Porque sempre foste dócil e confiaste na ação transformadora do Espírito, queremos submeter nossas vidas a permanente revisão e propiciar para a Igreja um novo Pentecostes.
Mãe da misericórdia e da Esperança: Tu que vives já glorificada nos céus e és sinal e guia dos que ainda peregrinamos, ilumina o caminho da nossa vocação cristã; ajuda-nos a ser generosos na resposta e configura nossos corações com o de Cristo para que, seguindo-o com fidelidade e prontidão, irradiemos pelo mundo a alegria da salvação.
Tu, que és imagem acabada da Nova Humanidade, desperta em nós os sentimentos e o esforço necessários para sermos bons servidores de quantos aspiram a chamarem-se e a viverem com dignidade a sua condição de filhos de Deus. (Aquilino B. Merino, C.M.F.)

 

 

 

-FIM-

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