EXEGESE BÍBLICA: 2 CORÍNTIOS 5, 17 – 21

SOBRE A RECONCILIAÇÃO

 

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES
“SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS”

 EXEGESE BÍBLICA: 2 CORÍNTIOS 5, 17 – 21
SOBRE A RECONCILIAÇÃO

 FERNANDO RENATO SALZILLO PEREIRA

 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
JUNHO / 2019


CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES
“SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS”

 FERNANDO RENATO SALZILLO PEREIRA
Exegese Bíblica: 2 cor 5, 17 – 21
Sobre a Reconciliação

 

Trabalho apresentado à disciplina de Literatura Paulina, sob a orientação do Professor Dr. Diácono André.

 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
JUNHO / 2019

 

 

  1. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA:

2 CORÍNTIOS

 

Para se compreender bem a mensagem contida na 2ª carta aos coríntios, é preciso por primeiro lembrar o contexto relacionado ao trabalho do autor, Paulo. Em sua terceira viagem, Paulo escreveu a sua primeira carta aos coríntios quando ainda estava em Éfeso, onde trabalhou no Evangelho por três anos. Ao partir de Éfeso, ele mandou a segunda carta aos macedônios (Atos 20, 1-2; 2 Cor 7, 5-6). Muitos teólogos acreditam que entre as duas cartas, aconteceram duas coisas não registradas no livro de Atos: 1º - que Paulo fez uma visita a Corinto, e voltou para Éfeso entristecido, e 2º - que ele mandou outra carta, severa, repreendendo algumas atitudes erradas dos coríntios.
Segundo BARBAGLIO, depois da 1ª carta aos coríntios, provavelmente nos anos 54 – 55, muitas situações, fatos e, intercâmbio epistolares caracterizaram as relações de Paulo com a comunidade de Corinto:

A 2Cor é quase toda escrito apologético e polêmico: no diálogo entre o apóstolo e a sua igreja, o objetivo da epístola é o polo dos adversários, que tinham tentado, e em parte tinham conseguido, solapar a autoridade apostólica de Paulo na igreja de Corinto. Ele se defende com veemência das acusações e detrações e contra-ataca com violência seus acusadores. Não se trata, contudo, de litígio personalista, porque, como nota o Apóstolo, estava em jogo nada menos que o sentido do apostolado e, enfim, do evangelho na vida dos homens e da história do mundo. (BARBAGLIO, 1993)

Paulo de modo peculiar se defende de duras acusações contra sua pessoa e, também contra seu ministério apostólico, e neste contra-ataque, em sua defesa, o apóstolo escreve uma série de cartas à comunidade de coríntios. Assim se instala uma grande crise de relações entre a igreja coríntia e o apóstolo.
Em um primeiro momento, têm-se os acusadores que fazem duras críticas e que abalou severamente o espírito de Paulo. Segundo BORTOLINI, são sete principais acusações presentes nos capítulos 10 a 13 de Segundo Coríntios:

Em primeiro lugar, alguns coríntios sustentam que Paulo “não pertence a Cristo” (cf. 10,7). Segundo Marcos a expressão “pertencer a Cristo” era um privilégio dos Doze, isto é, somente quem andou com Jesus de Nazaré é digno de ser chamado de apóstolo. Em segundo lugar, Paulo é acusado de ser um destruidor de comunidades. Em terceiro lugar, Paulo é acusado de ser “tão humilde quando está entre os coríntios e tão prepotente quando está longe”, os coríntios chegaram a detectar em Paulo uma espécie de esquizofrenia. Em quarto lugar, Paulo é acusado de ser um evangelizador que decepciona por vários motivos: a presença dele é fraca e sua palavra é desprezível. Em quinto lugar, é acusado de não dar espetáculo como os outros evangelizadores. Em sexto lugar, Paulo é acusado de invadir o terreno dos outros, esta acusação está ligada a primeira feita a Paulo, ou seja, a de “pertencer a Cristo”. Em sétimo lugar, está a acusação central, Paulo é acusado de não amar os coríntios. (BOTOLINI, 1993)

Diante destas acusações o único interesse de Paulo está concentrado em ser apóstolo de Cristo. Por este motivo que 2º Coríntios não aparece sem o cunho teológico, pois a partir das acusações Paulo desenvolve uma profunda reflexão sobre o ministério apostólico que está ligado a diakonía, ao serviço eclesial.
Os opositores a Paulo se apresentavam como personalidades religiosas de primeira classe, fortes de títulos, respeitados entre todos, e ao mesmo tempo cheios de esplendor divino que garantiam a mensagem pregada. Ao contrário de Paulo que que se apresentava como anunciador do evangelho de Cristo: não tinha referência pessoal, destaque, fama, aparecia antes como um homem fraco e sem nenhuma confiança de atrais a atenção de alguém, não pregava a si mesmo, mas Jesus Cristo como único e exclusivo Senhor: “não proclamamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, Senhor. Quanto a nós mesmos, apresentemo-nos como vossos servos por causa de Jesus” (2 Cor 4,5).
Portanto, a Segunda carta aos coríntios, em suma é uma medida tomada por Paulo como uma autenticidade do anúncio do evangelho, é uma eclesiologia da Cruz, porque não é somente o pregador da palavra de Deus que deve se configurar com Cristo, mas também todo crente da palavra de Deus.
O confronto polêmico com os acusadores de corinto, não houve uma disputa, nem luta por um poder, mas sim um choque entre um verdadeiro e falso cristianismo. De um lado um cristianismo farisaico, ou seja, apresentado com aparente palavra, e belas exortações, e um cristianismo ministerial, onde é apresentado Jesus Cristo como grande e único Senhor.

 

  1. PALAVRA RECONCILIAÇÃO

A palavra reconciliação é uma novidade no Novo Testamento, ela aparece somente quatro vezes: aparece duas vezes em Romanos e, duas vezes em 2 Coríntios. No texto de origem, a reconciliação aparece da seguinte forma:

Romanos 5: 11
não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação. - την καταλλαγην [tên katallagên] Acus. sing.
Romanos 11: 15
Porque, se o fato de terem sido eles rejeitados trouxe reconciliação ao mundo, que será o seu restabelecimento, senão vida dentre os mortos? - καταλλαγη [katallagê] Nom. sing.
 2 Coríntios 5: 18
Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, - της καταλλαγης [tês katallagês] Gen. sing.
 2 Coríntios 5: 19
a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. - της καταλλαγης [tês katallagês] Gen. Sing.

De acordo com a Língua portuguesa, reconciliação, como segundo a própria palavra significa, quer dizer essencialmente: “troca”, “permuta”. Consiste da mudança de hostilidade que possa existir entre dois indivíduos, passando eles a serem amigos entre si.
A relação de hostilidade avança para uma relação de paz, há então uma permuta de estado. De estado de paz flui um estado de salvação, isto é, a salvação deriva da vida em Cristo.
No sentido Cristão, a palavra reconciliação significa uma “aliança” entre Deus e o homem, ocorre aqui também uma reconciliação com os homens. Deus aparece aqui como o sujeito da aliança, o protagonista da reconciliação, Deus que por primeiro vai ao encontro do homem. Com sua morte, Jesus Cristo realizou eficazmente a reconciliação dos homens com Deus, ele realizou a verdadeira paz pelo sangue de sua Cruz; agora os homens não são mais “estranhos”, e” inimigos”, mas agora estão reconciliados com todas as criaturas, até então divididos, como se achavam judeus e pagãos, agora são: “ambos reconciliados num só corpo” (Ef 2,16).
De acordo com o Dicionário bíblico universal, a reconciliação realizada por Cristo, e uma obra de Deus:

A obra realizada por Jesus é uma obra de Deus: “em Cristo” Deus “reconciliou consigo todo o mundo”. Cabe aos apóstolos a missão de pregar as palavras que exprime este ministério de reconciliação. Acolhendo essa palavra, os homens “se deixam reconciliar com Deus” (2 Cor 5, 18-20). (MONLOUBOU, BUIT, 1996)

A relação entre Deus e o homem é efetuada por meio de Cristo, isso envolve um movimento de Deus em direção ao ser humano, com a finalidade de recomendar a ele o amor e a santidade, é Deus quem inicia esse movimento na pessoa de Jesus Cristo.
Também se pode dizer de um movimento paralelo ao lado do homem, em direção a Deus, onde o homem cede o apelo do amor de Cristo que se deu como sacrifício pela humanidade, deixando de lado inimizade, renunciando ao pecado, voltando para Deus com fé e obediência.
A missão de Jesus Cristo é universal, como também exerce efeitos sobre os perdidos, produzindo uma forma de restauração, o que constata com a redenção. Cristo é o agente, o mundo é o objeto e a reconciliação se torna uma realidade por meio dele. esta é a mensagem central do Novo Testamento
Portanto a reconciliação em Jesus Cristo é para o homem uma nova realidade, pois ele o fez, e o fez uma vez por todas.

 

  1. EXEGESE BÍBLICA:

2 COR 5, 17-21

17 – Se alguém está em Cristo, é nova criatura. Passaram-se as coisas antigas; eis que se fez realidade nova;

O apóstolo Paulo foi convertido de uma forma diferente em relação aos demais apóstolos que conviviam diariamente com Jesus. Paulo foi excepcional, a caminho de Damasco Paulo ouviu o Senhor, e este chamado foi tão forte que modificou a sua vida, a ponto dele se transformar totalmente. Em Coríntios, a igreja era frágil, cercada pela idolatria, pela imoralidade, e isto prejudicava o estilo de vida da comunidade, pois envolvia muitas dificuldade em relação a fé, assim o apóstolo passou a adverti-los inúmeras vezes a respeito destes pontos.
Estar em Cristo não quer dizer que era somente aceitar Jesus como Salvador, isto é apenas um início, mas estar em Cristo significa viver com Cristo, ser próximo dele, viver como ele, ter atitudes de Cristo. Quando Paulo fala cita uma nova Criatura ele condena todo e qualquer tipo de incoerência em relação ao evangelho.
João CALVINO, em uma exegese diz:

Ao dizer isso ele condena qualquer tipo de excelência humana que os homens imaginam ser grandes, se a renovação do coração está ausente dele. Erudição e eloquência, bem como tantos outros dotes, são coisas preciosas e honráveis; porém, onde está ausente o temor do Senhor  e a retidão de consciência, toda a sua honra desaparece. Que ninguém, pois, se vanglorie em alguma distinção que porventura possua, uma vez que a principal recomendação dos cristãos é que se neguem a si mesmo. (CALVINO, 1995)

CALVINO, em sua exegese afirma que ao dizer isso Paulo reprime a vaidade dos falsos profetas, que por sua vez, se desvirtuava a comunidade da igreja de coríntio do verdadeiro Evangelho.
Estar em Cristo é estar em ligação com a Boa Nova, é ser amigo de Jesus Cristo. Para KRUSE, a ênfase dessa desta afirmação está em que quando a pessoa está em Cristo, ela faz parte de uma nova criação:

Quando uma pessoa está em Cristo, já passou a fazer parte de uma nova criação, e dela já se pode afirmar: as coisas antigas já se passaram, eis que se fizeram novas. Esta participação de que se fizeram nova criação reflete-se na perspectiva mudada, a que se refere o versículo 16, e também na nova santidade de vida, e culminará na renovação da pessoa toda, mediante a ressurreição para a imortalidade na nova ordem criada, na parusia. (KRUSE, 1994)

Para KRUSE, essa é uma nova realidade que se enfatiza, não que o velho já não existe mais, mas agora o homem participa da nova criação.

18 – Tudo isto vem de Deus, que nos reconciliou consigo por Cristo e nos confiou o ministério da reconciliação;

Com um linguajar direto ainda a comunidade de Coríntio, quando Paulo fala que todas as coisas são de Deus, ou seja, vem de Deus, ele quer dizer que todas as coisas pertencem ao Reino de Deus, e que se a comunidade desejar ser de Cristo deve ser regenerado por Deus.
Segundo CALVINO:

Ele não está aqui falando da criação em geral, mas da graça da regeneração que Deus confere especialmente aos seus próprios eleitos, e ele diz que essa graça é de Deus, não em seu caráter de Criador e Modelador do céu e da terra, mas em seu caráter de o novo Criador da igreja por meio da remodelação de seu povo em sua própria imagem. (CALVINO, 1995)

Para CALVINO, a regeneração vem de Deus, é por ele que o homem se reconcilia. Deus concede a graça, mas os meios pela qual ela acontece se encontra na pessoa de seu Filho Jesus Cristo, é em Cristo que o homem obtêm os benefícios da reconciliação.
O plano de salvação da humanidade pertence a Deus, ele quem mediante Cristo, nos reconciliou consigo mesmo, é o próprio Deus quem toma a iniciativa e executa a reconciliação, mediante Cristo. Segundo KRUSE:

O que se enfatiza na presente passagem é a maravilhosa graça de Deus, revelada quando ele mesmo tomou a iniciativa em Cristo, para remover o obstáculo inibidor da reconciliação que havia da sua parte. Só nessa base é que existe um evangelho da reconciliação, mediante o qual a humanidade pode ser convocada para reconciliar-se com Deus. (KRUSE, 1994)

Para KRUSE, Paulo chama a comunidade para se reconciliar com Deus por meio de Cristo, aceitando a Boa Notícia, abandonando os velhos costumes e viver inteiramente na intimidade com Deus.

19 – Pois era Deus que em Cristo reconciliava o mundo consigo, não imputando aos homens suas faltas e pondo em nós a palavra da reconciliação;

Esta expressão: “Pois era Deus em Cristo...”, ou seja, Deus estava em Cristo, alguns consideram ela simplesmente neste sentido, que Deus estava em Cristo e consigo reconciliou o mundo; mas ela é muito mais significativa que isto, ela diz em um primeiro momento: Deus estava em Cristo, para depois dizer que por meio da intervenção de Deus ele estava conciliando o mundo consigo mesmo.
Segundo CALVINO:

Esta referência é ao Pai, já que não seria natural dizer que a natureza divina de Cristo estava em Cristo. Portanto Paulo está dizendo que o Pai estava no Filho, de acordo com João 10,38: “Eu estou no Pai, e o Pai está em mim.” Assim, aquele que tem o Filho tem igualmente o Pai...Portanto o que ele está dizendo nesta frase é que: “Levando em conta o fato de que outrora Deus estivera muito distante de nós, agora ele, em Cristo, aproximou-se de nós, de modo que Cristo se nos tornou o autêntico Emmanuel, e seu advento é a plena aproximação divina dos homens.” (CALVINO, 1995)

A novidade apresentado por Paulo, como lembra CALVINO, é que em Cristo Deus se faz presente, que no Filho, o Pai está presente, e nele e para ele, o filho reconcilia o homem com o Pai.
Em Cristo Deus não mais imputa aos homens o pecado, pois se ele o faz, ele cria uma aversão ao homem, tendo consequência que ele não pode contemplar nem a favor e nem contra os pecadores como se fossem amigos.
Desde sempre o ser humano é amado por Deus, desde antes da fundação do mundo, mas não fora de Cristo:

A Escritura explicitamente ensina que a ira do Pai foi aplacada pelo sacrifício do Filho, e assim o Filho foi oferecido para a expiação dos pecados dos homens, porque Deus teve misericórdia deles e fez deste sacrifício o penhor do recebimento deles em seu favor. (CALVINO, 1995)

Ou seja, em Jesus Cristo o pai nos acolhe como seus filhos adotivos e, a antiga culpa já não existe mais, o homem já não é mais marginalizado, agora ele é acolhido nos braços do Pai.
Paulo não cessa de apresentar àquela comunidade a reconciliação que foi entregue aos ministros do Evangelho.

20 – Sendo assim, em nome de Cristo exercemos a função de embaixadores e por nosso intermédio é Deus mesmo que vos exorta. Em nome de Cristo suplicamos-vos: reconciliai-vos com Deus;

Deus confiou a Paulo a mensagem da reconciliação, por este motivo ele tem toda autoridade para falar em nome de Cristo. o apóstolo pode dizer: “Somos embaixadores em nome de Cristo...” este temos “embaixador” quer significar “somos mais velhos” ou, “mais velho”. O fato extraordinário presente aqui a respeito e desenvolvido por Paulo e o seu relacionamento com a atividade de Deus como quem promove a reconciliação. Em uma análise exegética, KRUSE diz:

Estas expressões talvez reflitam a linguagem evangelística de Paulo, mas aqui o apelo é dirigido aos membros da igreja coríntia. Dificilmente Paulo estaria querendo dizer, com estas palavras, que seus leitores ainda não haviam atendido ao apelo do evangelho, visto que já haviam acatado a mensagem que ele próprio lhes trouxera. (KRUSE, 1994)

A autoridade apostólica de Paulo já havia sido questionada em Corinto. Talvez seja por isso que ele faz esse apelo evangélico aqui no versículo 20.

21 – Aquele que não conhecera o pecado, Deus o fez pecado por causa de nós, a fim de que, por ele, nos tornemos justiça de Deus.

Todo o escrito de Paulo está fundamentado no Sacrifício que Cristo realizou pelos homens. Pecado aqui quer significar um sacrifício expiatório, um crime, ou uma falta. Segundo uma análise literária deste versículo CALVINO diz:

Pecado é o oposto de justiça pois Paulo ensina que fomos feitos justiça de Deus como resultado de ter-se Cristo feito pecado. Justiça aqui, significa não uma qualidade ou hábito, mas algo imputado a nós, uma vez que dissemos ter recebido a justiça de Cristo. qual pois é o significado de pecado? É a culpa em razão da qual somos acusados diante do tribunal de Deus. (CALVINO, 1995)

Deus se fez pecado para nos elevar a dignidade da justiça. A condenação de Cristo foi a absolvição e pelas suas chagas o homem foi reconciliado.

  1. PAULO: MINISTRO DA RECONCILIAÇÃO

A reconciliação foi entregue ao ministro do Evangelho, e o dever do ministro é apresentar o resultado da morte de Cristo, que é a reconciliação. Ao ministro da reconciliação foi dada a autoridade para declarar a Boa Nova de Cristo e seu amor pelo mundo. KRUSE afirma:

Em coerência com a mudança de foco efetuada por Paulo, que sai da sua experiência própria de reconciliação e parte para a mensagem que ele proclama ao mundo, o objeto da atividade conciliatória de Deus deixa de ser simplesmente nós, para tornar-se o mundo e os homens. Fica identificada a barreira alienadora, que são suas transgressões. A reconciliação que Deus efetuou em Cristo consiste na remoção dessa barreira, não imputando aos homens as suas transgressões. A base sobre a qual as transgressões foram canceladas é indicada no versículo 21. (KRUSE, 1994)

Deus não somente reconciliou o mundo consigo mesmo, mas levantou mensageiros para proclamar a Boa Nova. Todos quanto derem atenção ao evangelho, são chamados a fé e ao arrependimento e por si mesmos a alegria da reconciliação em Deus.

 BIBLIOGRAFIA

BARBAGLIO, Giuseppe. 1-2 Coríntios – comentário Biblico. São Paulo: Edições Paulinas, 1993.
BÍBLIA DE JERUSALÉM. 1. Ed. São Paulo; Paulus, 2002.
BORTOLINI, José. Como ler a segunda carta aos coríntios – O agente de pastoral e o poder. São Paulo. Edições Paulinas, 1992
CALVINO, João. 2 Coríntios. 1. Ed. São Paulo; Edições Paracletos, 1995.
MONLOUBOU, Louis; BUIT, F.M. Du. Dicionário Bíblico universal. Aparecida, SP. Editora Santuário, 1996.
KRUSE, Colin. II Coríntios – Introdução e comentário. 1. Ed. Associação Religiosa Editora Mundo Cristão, São Paulo, 1994.

SITES

FLORES, Daniel Alejandro. Dicionário Bíblico – Concordância Analítica do Grego do Novo Testamento. Disponível em: http://dicionariobiblico.blogspot.com/2008/01/reconciliacao.html> . Acesso em: 05 de Junho de 2019.

 

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